Carvalho Calero 2010

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Por Martinho Montero-Santalha

Ricardo Carvalho Calero nasce a 30 de Outubro de 1910 na rua de S. Francisco, na casa nº 51 e no bairro máis antigo de Ferrol, assi reconhecido polo nome de Ferrol-Velho.

Seus pais eram Maria Dolores Calero Beltrám e Gabriel Ricardo Carvalho Naia. Ricardo é o mais velho de seis irmaos, dos quais dous morrem na infáncia.

Despois dos primeiros estudos numha escola da rua Madalena, estuda no Colégio "Sagrado Coraçom de Jesus", que dirige o escritor Manuel Comelhas Coimbra, autor da obra dramática Pilara ou grandezas dos humildes, com quem inicia os seus estudos de latim, e prepara por livre os seus estudos de Bacharelato.


De mui pequeno, assiste às sessons de teatro e tamém de cinema que se celebravam no Teatro Jofre, ao mesmo tempo que começa a ler romances, teatro e a fazer os seus primeiros escritos: poemas, alguns já em galego, que publica na revista "Maruxa".

Nos seus primeiros trabalhos, Carvalho Calero contava com o estímulo do socialista e galeguista Jaime Quintanilha, personalidade notável da vida cultural e social ferrolana e galega daqueles tempos.

Em 1926, aos dezasseis anos, termina o Bacharelato e matricula-se na universidade compostelana no daquela 1º ano do curso de Filosofia e Letras e preparatório de Direito. Desde os primeiros momentos relaciona-se com os estudantes do Seminário de Estudos Galegos: Filgueira Valverde, Sebastiám Gonçález, Ramom Martínez Lôpez...

Som anos dumha grande actividade intelectual e política, em plena ditadura militar de Primo de Rivera. Participa dos movimentos de resistência estudantil, combinando a oposiçom política com a promoçom cultural, chegando a ser presidente da Federaçom Universitária Escolar (F.U.E ), entidade sindical-escolar.

Nom quer dizer isto que a vida intelectual nom tivesse importáncia. Estavam mui ligadas, precisamente, digamos, a oposiçom política e a promoçom cultural, de maneira que os estudantes líamos entom os poetas da "Generación del 27", que eram os que estavam na moda, os grandes poetas: Salinas, Guillén, Lorca e Alberti. Todos os mais considerávamo-los já de segunda orde.

É a época tamém da criaçom, do funcionamento da "Federación Universitaria Escolar": «Lembro as cargas da Guarda Civil dacavalo no campo de Dom Mendo, que ocupava o espaço que hoje é campus universitário, diante dos colégios maiores ». (Em Conversas en Compostela con Carvalho Calero, Fernán Vello, Pillado Mayor, Sotelo Blanco, 1986).

Em 1928, publica o seu primeiro livro de versos Trinitarias, que recolhe poemas escritos dos 14 aos 16 anos, todos em espanhol, e o texto dumha conferência «En torno a las ideas comunistas de Platón».

A etapa universitária de Carvalho Calero ficou marcada pola sua incorporaçom ao Seminário de Estudos Galegos (S.E.G), o que supom a consolidaçom do seu compromisso pola cultura galega, já manifesto durante a sua adolescência.

O ferrolano ingressou no S.E.G. em Abril de 1927 com a leitura duns poemas. Nele, ademais de membro das secçons de "História da Literatura" e de "Ciências Sociais, Jurídicas e Económicas", chegou a exercer como Secretário Geral.

O Seminário de Estudos Galegos será o organismo catalisador do ambiente intelectual da época, local de reunions continuamentefreqüentado pola gente do Grupo «Nós»: Vicente Risco, Daniel Castelao, Otero Pedraio, Lôpez Cuevilhas. Estes serám para o pessoal do Seminário um grupo de referência constante.

Destes tempos, do convívio com as gentes do Seminário, de «Nós», guardou sempre D.Ricardo um especial afecto e grandes saudades.

Em 1931 termina os seus estudos de Direito com um brilhante expediente académico. Publica na editora «Nós», de Ángelo Casal, o seu primeiro poemário em galego: Vieiros.

Neste mesmo ano é cofundador do Partido Galeguista e, posteriormente, membro, junto de Daniel Castelao, Alexandre Bóveda, Lugris Freire, Paz Andrade e Tobio Fernández, dum «Conselho Assessor» do mesmo.

Intervém em muitos actos e elabora juntamente com Luís Tobio o primeiro Anteprojecto de Estatuto de Autonomia para Galiza, de concepçom federalista, que se iniciava assim: «A Galiza é un Estado libre drento da República Federal Española (art. 1º)».

Em 1933, tem de abandonar Compostela, e ingressa por concurso como funcionário no Concelho de Ferrol. Casa com Mª Inácia Ramos, natural do Concelho de Baleira.

O labor literário destes anos cristaliza no livro de poemas O siléncio axionllado (1934), nas colaboraçons em jornais e revistas epocais, e na escrita de duas obras dramáticas: O fillo e Isabel, esta última acabada despois da guerra. Estas peças, pensadas para ser publicadas pola editora Nós, continuam a linha iniciada em 19 polas Irmandades da Fala, e interrompida pola ditadura de Primo de Rivera, com que o nacionalismo queria demonstrar que o galego era umha língua apta para todos os usos e funçons, para todas as classes sociais, e nom um dialecto exclusivo de marinheiros e labregos.

Em Janeiro de 1936 termina Filosofia e Letras, que estudara por livre. Neste mesmo ano, e apesar de constantes obstáculos, vai calhar com éxito o labor do Partido Galeguista a prol do reconhecimento nacional da Galiza nas Cortes da República, mediante a consecuçom em Referendo dum Estatuto de Autonomia.

A 28 de Junho de 1936, aprova-se por umha folgada maioria do povo galego o Plebiscito de Estatuto de Autonomia da Galiza. Porém, poucos dias despois, a 18 de Julho produze-se a sublevaçom militar, instigada da direita reaccionária, contra o novo governo progressista da Frente Popular (que derrotara à direita em eleiçons a inícios de ano), e contra a legalidade republicana vigente. Isto vai conduzir cara um enfrentamento armado entre os valedores da República e os alçados, que acabariam vencendo. Nas suas costas está provocar a guerra e umha feroz repressom, que causariam inúmeras mortes. Deste modo infeliz, impujo-se pola força das armas e do terror um regime ditatorial de matriz fascista durante quatro decadas: a longa noite de pedra.

O Estatuto Galego nom chegará a concretizar-se até 1980; despois da morte do ditador, a reforma política da ditadura e a restauraçom borbónica. Isto é, convertendo o quadro republicano e federal de 36 no que trabalhárom as pessoas do Partido Galeguista, num impensável quadro político monárquico...

A sediçom surpreendeu Carvalho em Madrid apresentando-se a concurso para catedrático de liceu. Cá coincide com a delegaçom galega, Castelao à cabeça, que ia apresentar ante as Cortes espanholas os resultados oficiais do recente referendo estatutário.

Estar em Madrid supom a sua salvaçom, pois esta fica em maos da República até os dias finais da guerra (1939), enquanto na nossa terra, o bando alçado (“nacional”), consegue em pouco tempo impor-se ao longo do país, iniciando umha brutal repressom e extermínio físico de todas aquelas pessoas fiéis à República, progressistas, democratas; enfim, membros, simpatizantes ou partidárias da coligaçom triunfante da Frente Popular, como o fôrom a gente do Partido Galeguista.Ilustraçom

É assi que se efectivou na Galiza umha matança selectiva do máis lúzido do país, da intelectualidade dirigente, provocando um enorme terror entre a populaçom e o que motivou, nom só umha ruptura geracional nas fileiras do galeguismo, mais tamém grande medo nas famílias -estigmatizadas pola barbárie (que ainda hoje se percebe, ao ser transmitida de geraçom em geraçom), a serem reprimidas por qualquer atitude identificativa com o país e contra do regime.

Deste modo cruel, o imenso esforço de reconstruçom nacional do que Ricardo Carvalho Calero foi protagonista activo, iniciado na década de 20 polas Irmandades da Fala e continuado nos anos 30 polo Partido Galeguista; e que tinha como ponto fulcral e culminante a consecuçom do Estatuto de Autonomia para a naçom galega (a basca e a catalá conseguiram-no com anteriodade), ficou fanado, cortado dum modo brutal, polo golpe militar e a ditadura fascista.

Carvalho, umha vez em Madrid, incorpora-se como miliciano ao exército republicano, participando na defensa da capital do Estado, sendo despois elevado a Oficial e deslocado com o Governo da República à cidade mediterránea de Valência, e máis tarde para o Exército da Andaluzia, onde foi detido.

Em 1939, terminada a guerra é julgado e condenado (tendo primeiramente umha condenaçom polo fiscal à cadeia perpétua, por ser oficial do exército republicano e separatista, membro do Partido Galeguista), a 12 anos e um dia de prisom maior, ficando no cárcere até o ano 41, em que regressa a Ferrol em liberdade controlada, dedicando-se ao ensino privado, pois o privam de poder colegiar-se.

Os amargos recordos desses anos ficárom imortalizados no seu romance Scórpio e na obra poética.

Nos anos de posguerra o labor literário vai ser muito intenso: escreve três obras dramáticas: A sombra de Orfeo, A Árbore e Farsa das Zocas. Inicia-se como romancista com A Gente da Barreira e Os señores da Pena, na linha do Otero Pedraio, que recria e recupera o passado recente procurando a explicaçom da nossa sociedade. A seguir estas crónicas do passado virám as do mundo da sua infáncia: O Lar de Clara, As Pitas baixo a Chúvia, Os Tumbos e A Cegoña. Tamém começam as colaboraçons no jornal «La Noche» sob o pseudónimo de Fernando Cadaval.

Anos despois, em 1950, deslocará-se para trabalhar em Lugo onde exercerá como professor e director do Colégio Fingoi. Aqui desenvolve a sua paixom polo teatro adquirida na infáncia –encenaçom de obras de teatro galego, estreia da sua peça A Farsa das Zocas, e tamém, sobretodo, umha actividade pedagógica importantíssima (a máis importante do país).

Em 1950 funda-se a Editorial Galáxia e desde os primeiros momentos colabora estreitamente neste projecto, estando presente na reuniom fundacional.

Em 1951 publica A Gente da Barreira, primeiro romance publicado em galego na posguerra, e primeiro prémio da Editora “Bibliófilos Gallegos” no ano anterior. Em 1954, doutora-se em Madrid com a tese «Aportaciones fundamentales a la literatura gallega contemporánea».

Em 17 de Maio de 1958 ingressa na “Academia Gallega” com o discurso «Contribuiçom ao estudo das fontes literárias de Rosalia».

O labor criativo destes anos em Fingoi calha em três poemários: Anjo de Terra (1950), Poemas pendurados dun cabelo (1952) e Saltério de Fingoi (1961); porém, a obra máis importante desta época luguesa, fruto de muitos anos de trabalho de investigaçom é a monumental História da Literatura Galega Contemporánea, obra básica e basilar da crítica literária galega, publicada em 1.963.

Em 1964-65 deixa a direcçom do Colégio "Fingoi" e incorpora-se como professor interino de Língua e Literatura Galegas na Universidade de Compostela. No ano seguinte ganha a vaga de adjunto no Liceu Feminino "Rosalia de Castro", tamém em Compostela.

Em 1966 aparece a primeira ediçom da sua Gramática elemental del gallego común, que supujo na cultura galega um acontecimento de enorme transcendência.

Em 1971, publica: A Sombra de Orfeu, Farsa das Zocas, A Árbore e Auto do Prisioneiro.

Em 1972 consegue por concurso a primeira Cátedra de Língüística e Literatura Galega na Universidade de Compostela (única universidade daquela), facto fundamental para a dignificaçom e divulgaçom da nossa língua e cultura, à vez que escola dos seus primeiros ensinantes.

Com a morte em 1977 do presidente da "Real Academia Gallega", Sebastiám Martinez Risco, muitos organismos e instituiçons do país proponhem Carvalho como a pessoa óptima para ocupar esta vaga, mais tal nom aceita (tamém nom era um candidato bem visto pola oficialidade).

Nestes anos começa a recopilaçom da sua obra ensaística espalhada por revistas e jornais: Sobre língua e literatura galega (1971); Estudos Rosalianos: aspectos da vida e obra de Rosalia de Castro (1979); e Libros e Autores Galegos I (1979).

Em 1979 fai parte da Comissom Lingüística da Junta Pré-Autonómica, que elabora umhas Normas Ortográficas do Idioma Galego. Aqui manifestou-se a divisom, máis ou menos equilibrada, entre as duas tendências normalizadoras que historicamente, desde o Rexurdimento, venhem disputando a questom da normalizaçom da língua: a "Reintegracionista" e a anti-reintegracionista ou "Isolacionista". As normas que daí saírom admitiam, desse modo, um certo número de soluçons duplas, que o tempo deveria dirimir, dando prevalência a umha sobre outra. Feito este labor, Carvalho demite-se, e a comissom dissolveu-se.

O ferrolano começa a ser um elemento molesto para o novo poder na Junta da Galiza pola sua firme atitude em favor do reencontro da família lingüística galego-portuguesa. Isto é, pola manutençom da identidade do galego no seu tronco originário frente à tendência isolacionista, que propugna a separaçom do galego da sua história, a mutilaçom e ocultamento do passado e, portanto, seu passaporte de futuro.

Carvalho Calero, abandeirado e máximo defensor da tendência reintegracionista, nom fazia com isto máis do que seguir a linha traçada polo nacionalismo histórico, que foi sempre reintegracionista, de Murguia e as «Irmandades da Fala», até o «Partido Galeguista», do que ele fijo parte. Na década de 70, naturalmente, o reintegracionismo era tamém partilhado polo nacionalismo e polos sectores máis comprometidos com a nossa cultura.

O golpe de comando deu-se em 1982 aquando as "Normas Ortográficas do Idioma Galego", feitas por consenso em 79, som anuladas, numha escura manobra (instigada da Alianza Popular no Governo autonómico, e o máis incrível, apoiada por alguns dos antigos seguidores e colaboradores de Carvalho Calero, entregues ao novo poder oficial), e som aprovadas, mediante Decreto impositivo ("Decreto Filgueira"), as ainda vigentes Normas Ortográficas e Morfolóxicas do Idioma Galego (ILG-RAG).

Normas que consagram o isolamento do galego e do português, e a satelizaçom –castelhanizaçom– do nosso idioma, que passa a depender da forma, modelo e critérios aplicados para o espanhol, nom apenas na grafia.

Carvalho, que nom renegou da sua postura, viu-se relegado e marginalizado do poder, mesmo sendo desprezado e caluniado, até institucionalmente!, polo novo establishment, o que foi umha experiência sumamente dolorosa. Porém Carvalho soubo demonstrar a sua elevada estatura moral e a sua admirável ética e dignidade como pessoa, pois nunca devolveu as ofensas, e sempre que respondia era com fina ironia e benévolo humorismo.

Capa de Cantigas de Amigo e Outros PoemasEm 1980 reforma-se, abandona a docência, mais a sua actividade criativa multiplica-se, cultivando todos os géneros: poesia, romance, teatro, ensaio, ... A partir deste ano recolhe em livros a maior parte da sua produçom como crítico: Problemas da Língua Galega (1981); Livros e Autores Galegos II (1982); Da Fala e da Escrita (1983); Letras Galegas (1984); Escritos sobre Castelao (1989); Estudos e Ensaios sobre Literatura Galega (1989); Do Galego e da Galiza (1990). Continua a sua produçom poética: Pretérito Imperfeito (1980); Futuro Condicional (1982); Cantigas de Amigo e Outros Poemas (1986); Reticências... (1990). Revisa e reedita toda a obra dramática e narrativa: Teatro Completo (1982); A Gente da Barreira e Outras Histórias (1982), Narrativa Completa (1984).

Em 1984 recusa o convite feito polo seu antigo companheiro do Seminário de Estudos Galegos, Filgueira Valverde, instalado na oficialidade, para fazer parte do recém criado «Conselho da Cultura Galega».

Em 1987 publica Scórpio, considerado por boa parte da crítica o melhor romance escrito em galego.

Afastado e marginalizado do poder, recebe contínuas homenages das amizades, do alunado e de admiradores. Cabe destacar os actos na sua honra feitos pola «Sociedade Cultural Medúlio» na sua terra, assi como da «Agrupaçom Cultural O Facho»; a «Associaçom Alexandre Bóveda» ou a «Associaçom Sócio-Pedagógica Galega» (A.S-P.G), entre outras. Ademais, é figura central em numerosos congressos sobre a nossa cultura, língua e literatura.

É nomeado membro ordinário da «Academia das Ciências de Lisboa», e membro de honra da «Associaçom Galega da Língua» (A.Ga.L) –a instituiçom que máis devoçom professou por Dom Ricardo–, da «Associaçom de Escritores em Língua Galega» (A.E.L.G.), e tamém das «Irmandades da Fala», por ser um trabalhador constante em defensa do nosso idioma.

A 7 de Janeiro de 1990, acode à sua cidade natal, onde é nomeado Filho Predilecto de Ferrol. Morre pouco despois, em Compostela, onde morava, a 25 de Março de 90. Concluía assi «umha vida densa e austera, dedicada a trabalhar por Galiza e a sua cultura», como acertadamente a definiu a sua filha Maria Vitória.Capa do Volume Ricardo Carvalho Calero. Letras Galegas

Nesse mesmo ano, o Concelho de Ferrol, a iniciativa da Sociedade Cultural Medúlio, institui o Certame Anual de Narrativa e de Investigaçom Lingüísitico-Literária Carvalho Calero, o único de muitos que se celebram no país que admite liberdade normativa às pessoas concorrentes. Tendo assi entre os seus ganhadores a ferventes seguidores da doutrina cultural reintegracionista que Carvalho abandeirou, como seu grande amigo, Martinho Monteiro Santalha.

Em 1996, em acordo plenário, o Parlamento da Galiza nomeia-o por unanimidade Filho Ilustre da Galiza, ao mesmo tempo que instala a sua imensa Biblioteca pessoal num local do próprio Parlamento.

Em 2000, com motivo do décimo aniversário da sua morte, a iniciativa da Fundaçom Artábria, diversas instituiçons solicitam que se lhe dedique o Dia das Letras de 2001, por considerar o ferrolano Carvalho Calero umha das figuras máis importantes da cultura galega.

Bibliografia de referência:

- Grupo de Língua da Fundaçom Artábria; Conhecermos Carvalho Calero. Umha vida polo galego e a Galiza. Fundaçom Artábria, 2000.

- Blanco, Carme; Conversas con Carvalho Calero, Galáxia, 1989.

- Fernám Velho, M.A., Pilhado Maior, F.; Conversas en Compostela con Carvalho Calero, Sotelo Blanco, 1986.

- Monteiro Santalha, Martinho; Carvalho Calero e a sua obra, Laiovento, 1993.

- Palharés, Pilar, Tato Fontainha, Laura; Ricardo Carvalho Calero. A dignidade persoal, Concelho de Ferrol, 1994.

- Salinas Portugal, Francisco; Voz e Siléncio (entrevista com R. Carvalho Calero), Ed. do Cúmio, 1991.

- VV.AA.; «Ricardo Carvalho Calero, a razom da esperanza», A Nosa Cultura nº 13, eds A Nosa Terra, 1991, juntamente com o vídeo «Ricardo Carvalho Calero; a posibilidade de rectificar a história

*Texto redigido polo Grupo de Língua da Fundaçom Artábria

 

 
Desenho de: eugeniote
Fotografia da barra lateral da autoria de Moncho Rama