Carvalho Calero 2010

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Por Ernesto Vázquez Souza

1910

30 de outubro, nasce, na casa número 51º da Rua de São Francisco, no bairro de Ferrol Velho, Ricardo Carvalho Calero (RICARDO Leopoldo Ángel José Gerardo CARBALLO CALERO), o maior dos cinco irmãos nados do matrimónio entre Gabriel Ricardo Carballo Naya e Mª Dolores Calero Beltrán

 

1919

Morre Dolores Carballo Beltrán, com quem Carvalho aprendera as primeiras letras.

 

1920

O seu pai casa por segunda vez com uma irmã da falecida Elvira Calero Beltrán, madrinha de Carvalho, viúva, que vivia com a família; morrerá ao tentar dar à luz um ano depois.

 

1921-24

Leitor apaixonado, estuda no colégio "Sagrado Corazón de Jesús", perto da nova casa familiar, na Rua Real, dirigido pelo professor-escritor regionalista, Manuel Comellas Coimbra, com que se inicia no estudo dos clássicos, a "Preceptiva" e a "Retórica"

Prepara por livre o bacharelato, examina-se na Crunha no Eusebio da Guarda e começam as suas primeiras experiências literárias.

Na revista ferrolana Maruxa, assinaria com o pseudónimo "Ilex". Mais tarde publicará na revista Vida Gallega e no local El Correo Gallego.

 

 

1923

13 de setembro. Golpe de Estado do capitão General de Catalunha Miguel Primo de Rivera

12 de outubro, Fermin Bouza, Wenceslao Requejo Buet, Xosé Pena e Pena, X. Filgueira Valverde, Luis Tobio, R. Martínez López, Manuel Magariños Negreira, Francisco Romero Lema e Alberte Vidán Freiría formam O SEMINÁRIO DE ESTUDOS GALEGOS.

 

1924

3 de junho. Morre em Mandiã Manuel Comellas Coimbra.

1926

Matricula-se na Universidade em Primeiro de Filosofia e Letras, preparatório de Direito.

Entra em contato com os integrantes do Seminário de Estudos Galegos, Sebastian Gonzalez, Ramom Martins Lopes, Filgueira Valverde...

30 de outubro, aparece entre os novos sócios correspondentes do SEG junto a Álvarez Limeses, Couceiro Freixomil, Otero Botana, Montero Díaz.

Funda-se a F.U.E. (Federación Universitaria Escolar), Sindicato estudantil no que Ricardo Carvalho milita e chegará a ser presidente da Associação Profissional de Alunos de Direito

 

1927

Arquivos. Revista do S.E.G.

Ingressa no S.E.G. com a leitura de um conjunto de poemas agrupados sob o título A dor cantareira, que seriam recolhidos, em parte, na primeira edição de Vieiros.

Membro das seções de História da Literatura e Ciências Sociais, desempenhará, entre outras, as funções de Secretário de Atas e Secretário Geral.

1928

Publica em Ferrol o poemário Trinitarias, ainda em espanhol.

 

1929

Setembro: Constituição da Organización Republicana Gallega Autónoma (O.R.G.A) na Crunha.

1ª Greve Estudantil em Santiago artelhada pela F.U.E.

Palestra no Centro Obreiro de Ferrol: "En torno a las ideas comunistas de Platón" Em origem trabalho para a Cátedra de Direito Natural ministrada por Luis Recaséns Siches. Fora publicado no Coletivo Arquivos I do S.E.G. em 1927 na editorial LAR..

 

1930

15 de fevereiro: o governo Berenguer destitui a Assembleia Nacional. Queda de Primo de Rivera.

26 de março. Pacto de Lestrove: Federación Republicana Gallega Autónoma

Funda-se o "Grupo Autonomista Gallego” en Vigo.

25 de julho, celebração do Dia de Galicia com um ato de massas no García Barbón de Vigo. Jantar de Barxa.

25 de setembro. Pacto de Barrantes.

Setembro. Discurso lido na abertura do Curso académico a cargo de Ricardo Carvalho Calero, aluno.

1931

Protestas estudantis em Compostela:. Ano de "Gripes" e "deportações".

14 de abril. Instaura-se a II República

Primeiras assembleias pró Estatuto

Publica: La fuerza pública en la universidad de Santiago, 29-1-31. Datos y documentos, dando conta dos incidentes causados pelo Reitor Blanco Ribero pela entrada da polícia na universidade.

Publica em Nós, Vieiros

Termina brilhantemente os seus estudos de Direito

Redige a ponência para o “Anteproyeito de estatuto da Galiza” com Lois Tobío e com apoio de Vicente Risco.

6 de dezembro. Fundação do P.G., integrando o Conselho Assessor do mesmo junto a Castelão, Alexandre Bóveda, Lugrís Freire, Paz Andrade e Tobío Fernández.

 

1932

1 de fevereiro, A Nosa Terra passa a ser órgão do Partido Galeguista, semanário

3 de julho. Assembleia pró-Estatuto em Santiago

17-19 dezembro: Assembleia Galega de Municípios para debate do anteprojeto do Estatuto.

19 dezembro, Segunda Assembleia do P.G., Carvalho na Executiva

 

1933

Publica-se a revista: "Universitarios" (dous números )

25 de julho, publica-se "Máis!. Órgano da Vangarda Nazonalista Galega", Álvaro das Casas e "dissidentes do P.G"

Outubro, aparece "Claridad", semanário vozeiro das mocidades da esquerda.

Ganha uma vaga de funcionário público na Câmara municipal de Ferrol.

Converte-se no segundo presidente do Partido Galeguista de Ferrol, substituindo Nicolau Garcia Pereira (que tinha sido professor de Carvalho), cargo que deterá durante os anos 1934 e 1935.

Casa com María Ignacia Ramos.

 

1934

Janeiro, III Assembleia do P.G. em Ourense.

I assembleia da Federación das Mocedades Galeguistas.

Folgas e levantamentos em Astúrias e Catalunya, intervenção do exército de África

Desterros” de Castelão e Bóveda (traslados administrativos como funcionários a Cádis e Badajoz).

 

1935

20 março -6 abril: Semana Cultural Galega no Porto

20-21 abril. IV Assembleia do P.G. Pacto com Esquerda Republicana.

25 de julho, "Mitin das arengas" em Santiago e atos na Crunha ante o monumento a Curros. Atos massivos do P.G.

Direita galeguista em Ponte Vedra

Ser, semanário de esquerdas dirigido por Suárez Picallo, impresso por Casal e desenhado por Seoane. Onde colaborará Carvalho com o pseudónimo Eduardo Colmeiro.

 

1936

Fevereiro: Eleições Gerais, triunfo da Frente Popular. Deputados: Villar Ponte, Castelão e Suárez Picallo pelo P.G.

Santiago Casares Quiroga Presidente do Governo e ministro da Guerra do Governo Azaña.

Ánxel Casal Gosenje Alcalde de Santiago

Ricardo Carvalho Calero finaliza por livre os estudos de Filosofia e Letras.

Eleito Compromissário para as eleições à Presidência da República

Final de junho. Examina-se a vagas de catedrático de Liceu, Madrid.

28 de junho. Plebiscita-se o Estatuto de Autonomia para Galiza.

15 de julho. A comissão entrega o Estatuto nas Cortes da República

18 de julho, começa a Guerra civil

Alista-se no Batallón da FETE (Federación de Trabajadores de Enseñanza) da UGT e participa na defesa de Madrid.

 

1937-38

Elevado a Oficial e deslocado com o Governo da República a Valência, e mais tarde para o Exército da Andaluzia.

 

1939

1 de abril. Parte da Vitória. Fim da Guerra Civil.

Carvalho Calero é preso em Xaém. Condenado por rebelião e separatista a 12 anos e um dia. Escreve em prisão poesia, cartas e dá aulas a outros presos.

1941

Ricardo Carvalho regressa a Ferrol livre em regime de liberdade condicional. Impossibilitado para recuperar a sua vaga de funcionário público ou exercer como advogado, vendo-se obrigado a procurar trabalho como docente no ensino privado.

1944

15 de outubro: Suplemento cultural dos Sábados de "La Noche" (mantém até o 28 de janeiro de 1950). Colabora sob o pseudónimo 'Fernando Cadaval', sobre temas históricos e literários, nomeadamente sobre Rosalia de Castro

15 de novembro: Criação do Conselho de Galiza. (Elpido Villaverde, Castelão, Suárez Picallo e Alonso Ríos)

Colabora na Coleção Bibliófilos Gallegos

 

1950

Morte de Castelão

Dissolução efetiva do P.G. na Galiza

Desloca-se para Lugo, onde trabalhará como professor do Colégio Fingoi, até 1965, sendo mais adiante nomeado Diretor e desenvolvendo um importante labor formativo e teatral

25 de julho, Primeiro Conselho de "Galaxia"

Funda-se a Editorial Monterrey dos Álvarez Blázquez

Aparece a “Colección de Poesía Benito Soto”.- Publicará nela Anxo de Terra

 

1951

Publica "A Gente da Barreira", Prémio do 1º Concurso de Bibliófilos Gallegos de 1950

 

1952

Começa, sugerido por Ramón Piñeiro o seu estudo sobre Sete poetas galegos, que publicará em Galaxia em 1955 e que seria a base da sua Tese e germolo da História da Literatura

 

1954

Doutora-se em Madrid com uma tese sobre a literatura galega contemporânea dirigida pelo seu antigo amigo e paisano Santiago Montero Diaz.

 

1958

Em 17 de maio de 1958 ingressa na Real Academia Galega, com o discurso "Contribución ao estudo das fontes en Rosalía". Contestado por Otero Pedrayo.

 

1963

Luís Seoane no Castro de Ossedo. Programa-se o Laboratorio de Formas de Galicia, com o que colaborará.

7 de abril, constituição do Patronato da Fundación Penzol em Vigo.

17 de maio, centenário de Cantares Gallegos. Celebração do "Día das Letras"

Publica-se a Historia da literatura galega contemporánea, na que leva trabalhando quase 10 anos.

Refunda-se "Grial" como revista, na que colaborará assiduamente com artigos de língua, literatura e crítica literária...

 

1964-65

Deixa a direção do Colégio "Fingoi" e incorpora-se como professor interino de Língua e Literatura Galegas na Universidade de Compostela.

 

1966

Ganha a vaga de adjunto no Liceu Feminino "Rosalia de Castro", em Compostela

Publica a Gramática Elemental del Gallego Común

 

1970 e 1971

elabora as Normas Ortográficas e Morfolóxicas para o galego, assumidas a apresentadas pela Real Academia Galega.

1971 Publica: A Sombra de Orfeu, Farsa das Zocas, A Árbore e Auto do Prisioneiro

 

1972

Ganha a primeira cátedra de Língua e literatura galega na Universidade de Santiago.

 

1975

27 de julho em La Voz de Galicia publica o artigo, intitulado 'Ortografia galega'.

Novembro: Morte de Franco

 

1977

Semana Santa: legalização do P.C. e fim da Censura.

Primeiras ideias arredor do Instituto Galego da Información.

Funda-se a Escola Dramática Galega.

Morre Sebastián Martínez Risco, Presidente da R.A.G. Carvalho não aceita se candidatar.

 

1979

Documento dos 25 contra a "aldragem" do Estatuto.

Exposição: O libro Galego onte e hoxe.

1980

Nomeado presidente da Comissão eleita pelo Parlamento pré-autonómico galego para elaborar um padrão escrito para o galego.

Reforma-se e abandona a docência

1981

Funda-se a AGAL

1982

Julho. “Normas do Idioma Galego" Elaboradas e aprovadas pela Real Academia Galega e o Instituto da Lingua Galega, contrárias às teses defendidas por Carvalho.

 

1983

Junho. O Parlamento autonómico aprova a "Lei de Normalización Lingüística".

 

1984

Junho. Chegada dos restos de Castelão à Galiza. Cenas e protestos em Bonaval

Recebe a medalha 'Castelão' do Governo autonómico, mas recusa o convite de José Filgueira Valverde para fazer parte do recém constituído Conselho da Cultura Galega.

 

1986

Mesa pola Normalización Lingüística.


1987

Publica Scórpio

 

1990

Morre em 25 de março

 

 
Desenho de: eugeniote
Fotografia da barra lateral da autoria de Moncho Rama